Deus é mui paciente
Um dos atributos de Deus que pouco vejo ser citado e que muito me impressiona é a sua paciência. O Salmo 103.8 nos diz que “O Senhor é compassivo e misericordioso,mui paciente e cheio de amor”. O Deus todo poderoso, rei do Universo, é um Deus mui paciente.
Esse é um assunto tão vasto. Sou incapaz de escrever sobre ele com a profundidade que ele merece. Mas minha ideia aqui é só promover uma pequena reflexão. Por ser Deus mui paciente, Ele tolera os pecados daquele que não creem nele e os abençoa. Sua palavra diz que “Ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos.” (Mt 5.45). Pedro diz que a aparente demora no retorno de Cristo é para expressar sua paciência com pecadores que precisam de arrependimento “porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se” (2 Pe 3.9).
Uma vez ouvi uma história de um palestrante ateu que zombava de Deus e o desafiava em suas palestras “Se Deus existe mesmo, que um raio caia sobre mim e me fulmine”. Contudo nenhum raio era lançado lançado ele continuava a zombar de Deus. Determinado dia, uma senhora interrompeu sua zombaria e lhe perguntou “Você acha mesmo que acabará com a paciência de Deus tão rapidamente?”. A paciência de Deus atinge até os mais maldosos ímpios e incrédulos. Contudo, para estes, tem-se o aviso “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto” (Is 55.6).
A paciência de Deus é muito mais revelada a nós que cremos nEle por meio de Cristo. Ele é paciente conosco diariamente, perdoando nossos pecados, nos abençoando, suportando nossas murmurações, conflitos e ingratidão. Ele vai além, e derrama seu amor em nossos corações, mesmo com nossa total inadequação para tal bênção. Pela sua paciência ele continua a aplicar sua graça sobre nós, mesmo quando fazemos mal uso da mesma.
Certa vez Jesus desce do monte, de uma maravilhosa experiência com Deus, e encontra seus discípulos sem conseguir expulsar um demônio de um garoto. Jesus então diz “Ó geração incrédula e perversa! até quando estarei eu convosco, e até quando vos sofrerei?” (Mt 17.7).
Como o coração de Cristo é revelado nessa resposta! Ele se entristece pela incredulidade dos discípulos, mas ele não os abandona. Ele pergunta “Até quando vos sofrerei” e Ele continuou sofrendo e suportando a falta de fé desses discípulos até o fim. O mesmo ele fará conosco. “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” Jo 13.1. Um dos versos mais lindos da Bíblia é aquele que diz que Ele “Não esmagará a cana rachada nem apagará o pavio que fumega” (Is 42.11 e Mt 12.20). Ele não nos esmaga quando estamos quebrados e não apaga o pequeno fumegar de fé de nosso pavio. Muito pelo contrário, Ele com paciência nos restaura.
A razão de Deus ser tão paciente pode ser explicada pelo amor. “O amor é paciente” (1 Cor 13.4). É impossível amar sem ter paciência. Quem ama espera pelo desenvolvimento do ser amado. A paciência flui do amor. O amor “Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Cor 13.7). Sabemos que Deus é amor, o amor é sua essência! Dessa essência, flui sua paciência.
Medite sobre como Deus tem sido paciente com você, perdoando seus pecados, o levantando em suas quedas (como um pai ou mãe levanta um filhinho que cai e se machuca) suportando suas dificuldades e o ajudando em suas lutas. Como ele tem sido paciente em nossos conflitos! Oremos: Pai, por tamanha paciência com um ser tão limitado como eu. Quero me render, louvar e adorar-te. Que Deus nos ajude!
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