A tragédia da apostasia (III)
11. Nós temos aprendido que excessiva tristeza e correr atrás dos apóstatas pode desonrar Cristo
Ir atrás e chorar pelos apóstatas é necessário. Mas, exagere, e nós corremos o risco de glorificá-los. Se nós rastejamos atrás e mimamos apóstatas, comunicamos que o seria um privilégio para Cristo ter eles. Ao fazer isso, nós podemos tornar Deus parecido com um filhote desafortunado que pode ou não ser escolhido no abrigo.
Mas a Escritura ensina outra coisa. “Eu sou grande Rei, diz o Senhor dos Exércitos” (Ml 1.14). Nosso Senhor é o grande EU SOU. Sua supremacia satura toda a criação. Ele é radicalmente glorioso e bom. Assim, o privilégio de seguir Cristo é todo nosso. Nós não devemos comunicar outra coisa aos apóstatas.
12. Nós temos sido lembrados de que a apostasia é um pecado desprezível
A Escritura fala da apostasia com algumas das palavras mais duras. Por exemplo, “eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério” (Hb 6.6) e “aquele que pisar o Filho de Deus” (Hb 10.29).
Eles têm repetidamente ouvido sobre a majestade de Cristo. O banquete de seu amor tem sido servido diante deles na Escritura. A glória de Cristo na redenção tem sido proclamada continuamente para eles, mas eles simplesmente vão embora como se Cristo fosse uma montanha-russa com defeito.
O ato de apostasia proclama que Jesus mereceu ser crucificado. Sua vida, morte e ressurreição não são dignos do tempo do apóstata. Por isso, eles o expõe ao vitupério. A palavra grega traduzida como “vitupério” em Hebreus 6.6 significa “levar alguém a sofrer desgraça pública; descreditar abertamente alguém”.Por tudo isso, a apostasia é um ato horrível.
Nós simplesmente não temos o direito de apostatar porque seres humanos não têm o direito de dizer “Não” ao Senhor Jesus Cristo. Era impensável em tempos antigos, por exemplo, um escravo dizer “não” a seu senhor. Quanto mais ao Senhor dos senhores!
Outros comentaram sobre isso:
D.A. Carson: “Deixar de crer vem da falha moral de reconhecer a verdade, não a partir da evidência, mas de negligência voluntária ou distorção da evidência.”
John Stott: “Incredulidade não é um infortúnio a ser lamentado; é um pecado a ser deplorado”.”
John Owen: “Pois nenhum pecado do qual os homens podem ser culpados neste mundo é de natureza tão horrível e de aspecto tão medonho quanto é essa incredulidade, onde uma visão clara dele é obtida à luz do evangelho”.”
João Calvino: “Desistir, após ter começado bem, é mais vergonhoso que nunca ter começado”.”
13. Nós temos sido lembrados de que Deus será glorificado no castigo eterno mais severo dos apóstatas impenitentes
Por enquanto, a apostasia parece ter vencido. Deus parece estar sendo derrotado pelos deuses pagãos por esse ato. Mas, os apóstatas enfrentarão um castigo mais severo no inferno por causa de sua exposição e difamação de Cristo (Hb 10.29). Alguns dos tormentos mais duros do inferno parecem ser reservados a eles. O castigo é tão terrível porque o Deus que eles profanaram é tão maravilhoso. Por esse motivo, seria melhor morrer que apostatar.
E nós não nos alegramos nisso. Entretanto, certamente nos alegremos por a glória de Deus ser confirmada. Isso acontecerá no juízo, quando a perfeita justiça de Deus administrar sua retribuição (Ap 20.11-15). Naquele dia, o povo glorificado de Deus o adorará por fazer isso.
Entretanto, como Octavius Winslow escreveu, os apóstatas gritarão por toda a eternidade: “Deus é santo; eu era pecado; eu rejeitei Sua salvação, voltei minhas costas para Seu evangelho, eu desprezei Seu Filho, eu odiei o próprio Deus, eu vivi em meus pecados, eu amei meus pecados, eu morri em meus pecados, e agora estou perdido por toda a eternidade! E Deus é justo em minha condenação!”.”
Outras lições devem ser aprendidas com a tragédia da apostasia. Algumas incluem: aprender a confiar em Deus, orar, continuar a afirmar sua bondade e a importância total da reunião do corpo de Cristo.
Fonte: https://reforma21.org/sem-categoria/a-tragedia-da-apostasia-iii.html
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